Neoplasticismo

O Neoplasticismo rejeita qualquer referência figurativa, defende uma plástica pura sem os valores tradicionais da pintura. Existia a crença que a arte que deveria evoluir de modo a que atingir a total harmonia, ordem e clareza.

Esta vanguarda foi impulsionada por Piet Mondrian (1872-1944), artista que esteve próximo fauvistas e experimentou o Cubismo.

Em 1909 aderiu à Sociedade Teosofia, universalista, esotérica e filosófica.

Mondrian distanciou-se do Cubismo alegando que: "Esta vontade dos cubistas em representar os volumes no espaço era contraria à minha concepção de abstracção, fundada na ideia de que o referido espaço fosse destruído. Foi assim que cheguei à concepção dos planos."

A sua experiência chegou à depuração da forma permitindo alcançar a abstracção, através de planos, fragmentos lineares, cores primárias, branco e preto.

A ordem geométrica e matemática era um desígnio do Neoplasticismo, tendo as linhas uma simbologia própria, sendo que as linhas verticais estão relacionadas com o espiritual e o masculino e as linhas horizontais com o material e o feminino.

Mondrian pretendeu com esta vanguarda definir a essência da pintura num equilíbrio universal.

Em 1917, Mondrian e Théo Van Doesburg (1883-1931) fundaram a revista De Stijl, onde divulgaram os fundamentos teóricos do Neoplasticismo. No ano seguinte, juntando-se Georges Vantongerloo (1886-1965), surgiu o Primeiro Manifesto da revista De Stijl.

Em 1920, Mondrian publicou o "Neoplasticismo, nova consciência estética", e em 1931 o movimento chega ao fim com a morte de Van Doesburg.

Esta vanguarda deixou um grande legado para a arquitectura Europeia com Gerrit Rietveld (1888-1964) e Jacobus Oud (1890-1963), e para a Escola Bauhaus.