Portugal atravessava uma conjuntura política e económica difícil em meados do século XVIII e inicio do século XIX.
Neste contexto, a implantação dos ideais iluministas e progressistas foram de difícil concretização bem como a entrada do Neoclassicismo.
Cronologicamente, deu-se o terramoto de 1755; as invasões francesas (1807-1810); a fuga da familia real para o Brasil (1807); domínio económico Inglês (tratado comercial de 1810 que tinha o ónus da expulsão das tropas francesas); perda gradual do Brasil e Regeneração Fontista de 1851.
Gradualmente o Neoclassicismo entra em Portugal sob clara influência da arquitectura "neopalladiana" de origem inglesa, essencialmente no Porto, bastião dos interesses comerciais da Inglaterra.
Em Lisboa o Neoclassicismo surge da influência italiana, de artistas italianos instalados em Lisboa e portugueses que estudavam em Roma.
A primeira grande grande intervenção de influência Neoclássica é o plano de reconstrução da baixa de Lisboa, denominado Plano da Baixa Pombalina planeados por:
- Manuel da Maia (1677-1768)
- Eugénio dos Santos (1711-1760)
- Carlos Mardel (1695-1763)
Foi um plano marcado por enorme pragmatismo pois era emergente a reconstrução da cidade. A racionalidade, sobriedade, simetria, repartição modular e austeridade formal e tipológica.
Baixa Pombalina
Os principais edifícios Neoclássicos são:
Palácio da Ajuda, José da Costa e Silva e Francisco Xavier Fabri 1802
Palácio de São Bento, Miguel Ventura Terra 1896-1940
Câmara Municipal de Lisboa, Domingos Parente da Silva 1867
Teatro Nacional de São Carlos, José da Costa e Silva 1792
Teatro Nacional D. Maria II, Fortunato Lodi 1842-1846
Igreja da Nossa Senhora do Pópulo, Braga. Carlos Amarante 1775
Igreja do Bom Jesus do Monte, Braga. Carlos Amarante 1784-1811
Igreja da Ordem Terceira da Trindade, Porto. Carlos Amarante 1803
Hospital de Santo António, Porto. John Carr 1769
Feitoria Inglesa, Porto. John Whitehead 1785-1780
Palácio do Carrancas, Porto. Joaquim da Costa Lima Sampaio 1795-1809
No que toca à pintura, destacam-se os artistas Vieira Portuese (1765-1805) e Domingos António Sequeira (1768-1836).
Cena Campestre, Vieira Portuense
D. Filipa de Vilhena armando seus filhos cavaleiros, Vieira Portuense
Retrato da Familia do 1º Visconde de Santarém, Domingos António de Sequeira
Na escultura destacam-se os nomes de Machado de Castro (1731-1832) e João José de Aguiar (1769-1841).
Estátua de D. João VI, Hospital da Marinha. João José de Aguiar
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