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Foto do escritorCarla Machado

Renascimento e Barroco: Elementos urbanos

Os elementos urbanos sofreram grandes transformações a praça começa a ser entendida como um recinto espacial público, usufruido por peões, veiculos e como espaço recreativo da malha urbana.

A praça ganha uma enorme importância pois congrega os principais edifícios e monumentos.

É um lugar tradicionalmente constituinte de cenário urbano onde são estratégicamente colocados obeliscos, estátuas e fontes.

Relativamente à fachada é um elemento que garante a ordem visual no espaço urbano através da simetria, proporção e ritmo.

No primeiro Renascimento a fachada é ordenada e apresenta uma grande racionalidade na sua concepção. Por outro lado, no Barroco e no Rococó a fachada sofre uma grande transformação e torna-se exuberante é uma fachada muito mais ligada à emoção do que à razão.

Por volta do século XX o Liberalismo urbano elevou a personalidade criativa do arquitecto almejando uma atitude individualista para cada edifício.

Como exemplos destas transformações urbanas temos: a Place des Vosges; a Baixa Pombalina, Rue de Rivoli; Crescents de Bath e Place Vandôme.

Relativamente aos edifícios singulares são denominados assim pelo valor e significado social, politico ou religioso. São elementos de grande individualidade e expressão urbana tal como: a Câmara Municipal, a Igreja e o Palácio.

De grande relevo cénico são elementos autonomos capaz de gerar malha urbana e pólos de atractividade.

No que diz respeito aos monumentos como elementos urbanos constituem-se como peças individuais de âmbito arquitectónico e escultórico. São elementos de posicionamento destacado. Foi uma invenção renascentista ao utilizarem esculturas romanas para embelezar as cidades como a estátua de Marco Aurélio na Praça de Campidoglio.

São entendidos como monumentos os seguintes elementos: Escultura, obelisco, fonte, arco do triunfo, etc.

A partir do Barroco o quarteirão passa por um aperfeiçoamento, tornou-se um elemento planimétrico delimitado por vias que se subdivide em lotes e edifícações.

O quarteirão é um elemento que permite a divisão fundiária do solo numa organização geométrica do espaço urbano. 

Repetido e multiplicado apresenta várias dimensões e tornou-se num gerador de espaço urbano, sendo que o interior é vazado e ocupado por jardins.

No século XVI, os quarteirões do Bairro Alto são o resultado de uma operação de loteamento fora das muralhas fernandinas, foi considerada como a primeira operação urbanista do periodo renascentista em Lisboa.

Tem como caracteristicas uma estrutura geometrizada, cujos habitantes é predominantemente a Nobreza, a Burguesia e homens ligados ao mar.

Relativamente aos quarteirões da Baixa Pombalina, estes são o resultado da proposta de traça iluminista de Eugénio dos Santos e Carlos Mardel para a reconstrução da cidade após o terramoto de 1755.

Trata-se de um sistema de quarteirões permitindo a operação fundiária que formam um bloco edifícado com um saguão central, os quarteirões têm fachadas repetidas e alturas uniformes. Os quarteirões formam ruas que foram hierarquizadas consoante a sua importância e função.

Os espaços verdes foram muito importantes na cidade da época, começou-se a introduzir a árvore e evoluiu-se para a alameda, jardins e parques que priveligiavam novas práticas sociais. Surgiu a arte da jardinaria que trabalha os elementos vegetais: árvores, canteiros, e plantas e prados, com os elementos construídos, muros, balaustradas e esculturas.

No fim do século XVIII e inicio do século XIX os ingleses apostaram na inovação e inventaram o Crescent, o Circus e o Square.

O Crescent trata-se de uma banda de edifícios ou palácios implantados em semi-circulo voltado para um parque ou jardim.

O Circus é um espaço circular com um jardim central.

O Square trata-se de um parque ladeado por construções nos quatro lados, teve origens na Place de Vosges.

Estes espaços eram usufruídos pela burguesia e aristocracia.


Place d'Albertas, Aix-en-Provence


Place de Vosges


Baixa Pombalina


Rue de Rivoli


Crescents de Bath


Place Vendôme



Fontes:

Lamas, José Ressano. "Morfologia urbana e desenho da cidade


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