O período Neoclássico na arquitectura surge com a descoberta da arquitectura clássica na Europa, mais precisamente em Itália, devido aos vestígios arqueológicos encontrados.
A par dos vestígios arqueológicos descobriu-se também o texto de Vitrúvio, fundamental no entendimento de uma nova concepção arquitectónica.
A arquitectura clássica trouxe o conhecimento de noções matemáticas de proporção e geometria, defendia que o arquitecto tem que ter noção exacta das proporções do corpo humano.
No caso português esta influência surge mais tarde, após a morte de D. Manuel. O perfil deste governante não permitiu a entrada da cultura clássica em Portugal, vivia-se intensamente o período Manuelino na arquitectura portuguesa, um estilo com uma essência de forte nacionalismo e exaltação.
Deste modo, D.Manuel não conseguiu romper com as concepções medievais.
O seu sucessor D. João III tinha uma personalidade
progressista, ao deparar-se com o atraso que Portugal tinha em relação à Europa, e entendendo que o país que alargou o mundo não poderia estar atrasado, investiu numa politica cultural, e mandou portugueses para o estrangeiro aprender nos grandes centros culturais.
Deste iniciativa salienta-se Francisco de Hollanda que
no regresso a Portugal publica vários livros de sobre a cultura artística dos antigos.
Deste modo, o Manuelino desaparece completamente, e começa a aparecer uma arquitectura de influência clássica.
A tratadística vitruviana da arquitectura é fundamental na introdução da arquitectura clássica em Portugal, bem como
a existência de artistas estrangeiros em Portugal.
Inicialmente, o Neoclássico surge pontualmente nos edifícios, como nos exemplos abordados abaixo.
Exemplos desta primeira fase clássica em Portugal:
Galilé da misericórdia de Beja
Túmulo da igreja de Trofa
Chafariz da Bola em Évora
Igreja da Mitra em Évora
Fontes:
http://www.igogo.pt/capela-e-claustro-da-mitra-convento-do-bom-jesus-de-valverde/
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