1º Edifício Gótico em Portugal, pertencente ao Gótico Vertical; - Mandada realizar pela ordem de Cister, apostada na verticalidade e num edifício com qualidade; - Gótico muito decorado e sóbrio; - Arquitectura de grande qualidade, a verticalidade é sugerida de um modo puro, sem truques; - Fachada alterada no séc. XVIII; - Grande rosácea (simples, mas com grande escala, permite entrar muita luz); - Torres alteradas; - Alguns elementos barrocos; - Contudo, o perfil da Igreja manteve-se inalterado; - Edifício muito alto, monumental; - Altura do portal ultrapassa dois pisos normais (portal simples, sem decoração, mas monumental, vive da escala); - O convento é muito vasto; - Igreja e claustro;
- Antigo refeitório: típico de um edifício experimental, visível na dimensão dos contrafortes; - Paredes muito esventradas, com muitos vãos devido à abobada gótica no interior. Só foi possível paredes assim porque tem contrafortes fortíssimos (de origem Românica), de grande dimensão: - Grande preocupação e falta de confiança nos novos sistemas construtivos: ainda não havia certeza em algumas novas técnicas. Nova arquitectura, novos métodos, dai o exagero dos contrafortes. - Fachada de um dos topos do transepto dividido em duas partes, no sentido transversal, embora não seja ao meio, como duas naves; - De um lado tem aberturas românicas e do outro tem aberturas góticas: talvez se deva ao facto de ter demorado 50 anos a ser construído, passaram diversas pessoas pela sua construção; - Capela-mor - cabeceira: - Contraforte gótico: semelhantes aos românicos mas mais estreitos, menos pesados, denominados butareus, depois deste butareu (é só uma diminuição do Românico) surgiu o arcobotante (mais delgado, com arco), que é colocado nos pontos de maior carga, contrariando o sentido de desmoronamento lateral: - Zona mais evoluída: cobertura, vãos, janelas esguias e muito abertas (permite boa entrada de luz); - Edifício fortificado com merlões e ameias na cobertura; - Singularidade nesta arquitectura cisterciense, uma vez que está feito em Portugal e seguiu a tendência do que se fazia na época; - Claustro inferior, do séc. XII e o superior do séc. XIV; - A diferença de altura entre as naves laterais e a central é pouco significativa; - Pormenor “pouco gótico”, a nave central deve ser muito mais alta do que as laterais, de modo a acentuar a verticalidade; - Envolve problemas técnicos de modo a segurar a nave central, por vezes faziam-se duplos arcobotantes para segurar a nave; - Neste edifício optou-se por subir as naves laterais em relação à central, o que é raro no Gótico; - Apesar disto não se perde a verticalidade, a nave central é muito alta e as naves laterais como também são estreitas e altas conferem uma grande verticalidade; - Interior: - Grande em altura, comprimento e largura; - Uso de abobada gótica, entre cada tramo existe um cruzamento de arcos; - Mísula: elementos salientes dos pilares que estão colocados junto ao solo, de modo a receber as cargas de peso; - O facto de se localizarem mais a cima serve para enfatizar a verticalidade; - Pilares enormes e fortíssimos; - Arquitectura muito limpa, com formas quase secas; - Arquitectura constituída apenas por elementos arquitectónicos essenciais: paredes e coberturas; - Luz límpida e suave, sem vitrais; - Nave lateral: - Quase à altura da nave central, sendo raro haver na Europa naves laterais tão altas; - Grande verticalidade devido ao facto de ser muito estreita - Arcos cruzados entre cada arco conferido pelos pilares. Conferem mais pontos de descarga; - A parede, a certa altura deixa de servir de estrutura; - Forma simples e austera de acordo com a decoração dos elementos; - Pequenos elementos decorativos (capitéis) no topo dos pilares; - Funcionam de contrafortes à nave central; - Arquitectura com carácter, dignidade e apelativa aos céus; - Não se trata de um edifício para multidões, abria ao publico apenas em alguns dias especiais, era frequentado apenas pelos monges; - Acústica muito acentuada, fabulosa; - Capela-mor: - Muito alta, quase da altura da nave central; - Abobada muito dividida e com muitos arcos, permite muitas aberturas; - Arcos muito finos, altos e estreitos conferem grande elegância; - Luz de grande simplicidade, muito homogénea, devido à abóbada ser muito nivelada; - É fortificada, o que é raro na Arquitectura Cisterciense (nos outros países não usavam fortificações); - Todos os elementos são de grande qualidade e simples, verdadeiros: nada é supérfluo; - A igreja de Alcobaça estava fechada ao público, funcionando apenas para os monges. Só abria em dias importantes. A sua escala não era para multidões, vinha do conceito dos Cistercienses.
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