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Foto do escritorCarla Machado

Evolução da cidade medieval

A evolução da cidade desta época progrediu assente sobre o que resta da cidade romana, isto é, quando caiu o império romano algumas cidades desapareceram, outras mantiveram-se. Com a invasão dos Bárbaros as cidades diminuíram muito, devido a ataques, mortes e pilhagens.

Com este contexto, o homem organiza e adaptava a cidade antiga às suas necessidades, aproveitando alguns dos edifícios mais significativos.

A cidade romana era disciplinada segundo dois eixos principais, um de Norte para Sul (Cardus) e um de Oeste para Este (Decumanus). A cidade medieval, por vezes, adaptou estes eixos principais, assim como alguns edifícios.


Cidade de Guimarães


A cidade de Guimarães tem ruas de traça medieval, no cruzamento das duas ruas a principais está o centro da cidade, onde se encontra a praça e a igreja. Esta praça é simultaneamente religiosa e municipal, uma vez que de um lado está a igreja e do está a Câmara. Nota-se uma lógica organizacional desta cidade, mesmo sendo de carácter medieval. 


Aglomerado urbano de Marvão


Este aglomerado urbano tem uma muralha de carácter defensivo, com apenas duas entradas. A morfologia do terreno permitiu a construção de muralhas adossadas.

A malha urbana manteve-se exactamente igual à da época medieval, devendo-se ao posicionamento geográfico da cidade, uma vez que está situada num cume de uma colina, não é possível a expansão.

A estrutura urbana tem uma lógica de ocupação que se adapta à morfologia do terreno. As ruas seguem aquilo que a natureza permitia. As ruas principais atravessam todo o aglomerado urbano e a partir destas surgem as vias secundárias, perpendicularmente (estrutura de ‘espinha de peixe’). Uma das ruas principais tinha uma relação com o castelo, prolongando-se até este.

As ruas secundárias eram feitas de um modo escadeado, de modo a ligar as ruas principais a cotas distintas. Estas ruas têm cerca de 3 a 4 metros.

Relativamente aos edifícios, as casas mais antigas encontram-se encostadas à muralha, e possuem apenas um piso térreo por questões defensivas. A sua arquitectura teve poucas alterações ao longo do tempo.

No interior das muralhas da cidade, existiam, para além do castelo do senhor, uma igreja e um município, que se localizavam numa praça central, numa das ruas principais. Para além desta praça existia uma outra para o tribunal e para a prisão, esta praça estava localizada estrategicamente de modo a toda a população assistir à execução das sentenças.

O castelo, resguardado da entrada da cidade, tinha uma grande praça na sua envolvente. A cidade podia ser atacada mas o castelo não. Era nesta grande praça que as pessoas se refugiavam no caso da cidade ser atacada.


Aldeia de Monsaraz


A cidade desenvolve-se a partir do castelo do senhor, a planta do aglomerado urbano assemelha-se a duas espinhas de peixe lado a lado. Há uma lógica de ortogonalidade entre as ruas principais e as secundárias.

A rua principal é praticamente direita, e a meio desta existe uma praça destinada a todos os equipamentos públicos: igreja, tribunal, hospital e município. Embora houvesse uma só praça, os espaços de pertença de cada edifício estão bem demarcados.


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