A expansão da cidade de Lisboa no século XIX não acompanha as restantes capitais europeias, acontecendo mais tarde.
A necessidade de modernizar Lisboa por ser uma capital europeia com poder colonial alavancou o processo de expansão.
Sob influência de Paris e Barcelona, criaram-se Avenidas e zonas residênciais, planos esses realizados pelo Eng. Frederico Ressano Garcia, que teve formação francesa, aprendendo todo legado de Haussmann, permaneceu em Paris até
1871.
Por volta de 1888, executa vários planos dando origem à expansão de Lisboa, onde a base de sustentação são o quarteirão e a Avenida.
O planos têm uma função integradora da cidade antiga, é utilizado o traçado viário em estrela, a praça circular e a quadricula regular, seguindo a expressão barroca.
A Avenida da Liberdade que finaliza no Parque Eduardo VII, a Avenida Fontes Pereira de Melo, a Avenida da República, o Marquês de Pombal e o Saldanha são exemplos desta expansão.
A malha urbana é sustentada através da praça convergente, do quarteirão, da malha recticulada e pela arborização das faixas centrais das avenidas.
O plano tem por base processos de expropriação e preparação do solo dividindo posteriormente em áreas construtivas.
Avenida da Liberdade
Planta de Lisboa
O quarteirão em modo geométrico subdivide-se em seis lotes ocupados por um edifício e um logradouro, sendo o quarteirão privativo e são criadas penetrações entre empenas.
Na segunda metade do século XX os quarteirões sofrem mudanças, os edifícios foram demolidos e novos prédios nasceram com ocupação máxima do lote sem responsabilidade de integração de conjunto e contrapartida para o dominio público.
Das Avenidas de Ressano Garcia ficou o perimetro dos quarteirões, os traçados e linhas arbóreas.
Fontes:
http://3.bp.blogspot.com/-oBY6G8w9elo/T0rhW3FgNEI/AAAAAAAAAAU/2YKroPk4hLo/s1600/Campo+Grande+006.jpg
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