O Românico teve Inicio Séc. XI e perdurou até XIII-XIV.
- É uma arquitectura de carácter universal por toda a Europa;
- A Europa estava estável e com boas condições de vida;
- Deu-se o aparecimento das abóbadas de pedra;tectura cara e complexa;
• Deu-se o aparecimento das abóbadas de pedra;
- Período que inicia a construção de grandes catedrais por toda a Europa;
- A Península Ibérica estava instável devido à presença Árabe desde o séc. VII;ropeus;
- A Península Ibérica estava instável devido à presença Árabe desde o séc. VII;
- Os países Europeus mas principalmente a França estavam determinados a ajudar os Ibéricos a reconquistar o território aos muçulmanos;
- Em Portugal neste periodo vivia-se a luta pela independência face a Castela e a reconquista do território aos Mouros;
- Neste contexto a entrada do Românico em Portugal foi mais complexa e tardia, devido à escassa afluência de peregrinações.
O Românico está presente em dois tipos de arquitectura: Arquitectura Militar e Arquitectura Religiosa;
- Pois em Portugal, a maior preocupação estava em defender as fronteiras, através da construção de castelos;
- A fortificação referente ao Castelo era constítuida por um aglomerado urbano e uma cintura de muralha a proteger;
- As construções militares eram mais importantes que as religiosas por os motivos anteriormente descritos, o que levou de Norte a Sul do país a existirem muitas fortificações;
- Com o aparecimento do Românico surgiram as ordens religiosas características deste período: a Ordem de Cluny e a Ordem de S. Bento;ostela na Galiza;
- Com o aparecimento do Românico surgiram as ordens religiosas características deste período: a Ordem de Cluny e a Ordem de S. Bento;
- E as militares: os templários e os hospitalários que ajudaram o país na luta contra os Mouros;
- Divide-se em Sés/Catedrais e Igrejas rurais;
- As Sés são os edifícios de maior dimensão, apesar de serem mais baixas que as internacionais;
- Têm abóbodas de berço, poucas aberturas e um deambulatório;
- A sua altura não passa de dois pisos;
- As igrejas rurais são de pequena dimensão e assemelham-se às Sés, mas não são abóbadadas com excepção na capela-mor;
- Estes edifícios são fortificados devido a uma preocupação defensiva, têm ameias e merlões bem como seteiras, torres militares e varandas mata-cães;
- Mas o tipo de igrejas rurais mais frequentes, afasta-se do Românico porque não têm planta em cruz latina, tendo uma só nave e a cobertura em madeira.
Características:
- É o maior edifício Românico português;
- Mandado construir por D. Afonso Henriques, após a conquista da cidade de Lisboa, serviu de marco político no sentido de celebrar a vitória contra os Mouros;
- Tem um óculo Gótico / Rosácea na fachada, maior do que o original;
- Duas enormes torres sineiras de carácter militar, com ameias na cobertura;
- As únicas aberturas eram as seteiras nas torres;
- Tem três naves, sendo que a nave central tinha o pé-direito da Sé e as naves laterais tinham pisos por cima com trifório;
- Embora seja a igreja mais alta apenas tem dois pisos;
- No séc. XVIII o edifício foi alterado, onde se criaram varandas e grandes janelas;
- Ao mesmo tempo que é o mais original, é o mais "falso", uma vez que sofreu uma grande intervenção no séc. XX.
Caracteristicas:
- Das Sés portuguesas é a mais fortificadas;
- Cobertura com percurso defensivo (caminho de ronda), com ameias e merlões na totalidade do perímetro;
- Edifício baixo, muito compacto;
- Paredes muitos fortes, que possuem contrafortes;
- Poucas aberturas;
- É assim um edifício muito fortificado.
Caracteristicas:
- É um edifício mais alto, maior que a Sé de Braga;
- Sofreu alterações ao longo do tempo, quer no interior, quer no exterior;
- Ostenta duas torres imponentes com dois contrafortes, de caracter defensivo / militar de grande robustez. Estas torres foram alteradas no séc. XVIII;
- Os merlões e ameias na cobertura da torre fortalece este carácter militar.
Caracteristicas:
- 1º Edifício Românico construído em Portugal, séc. XII;
- Sofreu alterações ao longo do tempo, mas a geometria geral mantém-se idêntica;
- Na entrada tem um arco românico de volta perfeita original e pouco decorado;
- Exteriormente criou-se um outro arco de carácter gótico no interior deste (no séc. XV), tendo ainda umas protecções em metal, datadas do séc. XVIII;
- O interior tem naves centrais e laterais, cobertura em madeira;
- Apenas tem dois pisos;
- Há um contraste violento entre a Arquitectura sóbria da idade medieval com os elementos decorativos aplicados nesta Sé durante o período Barroco.
Caracteristicas:
- Tem três naves e cobertura em madeira;
- Capela-mor feita no séc. XVIII;
- Portal e Rosácea góticas são as únicas aberturas na fachada;
- A porta é Românica e tem paredes muito rudes e espessas;
- Ao lado da igreja existe uma torre militar típica.
Caracteristicas:
- Edifício de uma nave com cobertura em madeira e uma capela-mor mas esta encontra-se em ruína;
- Um corpo corresponde à capela e um outro à capela-mor que é poligonal e tem cobertura abóbada;
- Paredes lisas e sem decoração, sem aberturas é uma parede forte e robusta;
- Fachada com portal rosácea Góticos;
- A igreja tem uma torre sineira com um contraforte.
Caracteristicas:
- Um dos edifícios mais simples do nosso românico;
- A nave e a capela têm cobertura em madeira;
- Não tem abóbada na capela-mor;
- Apresenta-se original sem quaisquer modificações;
- É um edifício de pequenas dimensões;
- Tem poucas aberturas: seteira, portal e lateral;
- Fachada principal com portal de volta perfeita muito simples, sem qualquer decoração. Por cima deste, há uma frecha de seteira.
Igreja de S. Miguel do Castelo
Caracteristicas:
- Onde se diz que se fez o baptizado de D. Afonso Henriques;
- Uma das igrejas mais antigas feitas em Portugal;
- Corpos em rectângulo, com uma nave, ambos com cobertura em madeira;
- Corpo da capela-mor, ligeiramente elevado, idêntico ao da nave;
- A fachada manteve as aberturas originais, mas sofreu algumas alterações no interior;
- Existiu uma porta lateral, que foi fechada;
- Arco da fachada sugere um arco gótico, por má remodelação;
- Interior:
– Muito fechado, com pouca luz;
– Da sala que corresponde à nave para a capela-mor tem uma pequena passagem;
– Espaço rude, sem decoração nas paredes;
– Asnas em madeira, como estrutura de suporte;
- Nesta época, havia uma separação muito grande entre a nave (povo) e a capela-mor (Deus). Neste edifício foi alterada esta ideia de espaço interior, através da aproximação da nave à capela mor. Este aspecto antecedeu um conceito que viria a ser aplicado posteriormente.
- Igreja Românica mas com muitas influências góticas;
- Torre sineira e portal Gótico;
- Porta lateral Gótica;
- Fachada com pequenos pináculos de modo a sugerir verticalidade;
- Foi-lhe adoçada uma nova capela românica;
- Corpo da nave manteve as velhas frechas românicas;
- Fachada com abertura em cima , o resto da parede é fechada (ar gótico, mas com a ideia de um edifício fechado);
- Interior totalmente modificado com cobertura arredondada (em madeira) a sugerir abóbada. O interior foi alterado e transformado, assemelhando-se ao Barroco;
- A Capela-mor original foi destruída no séc. XVIII e depois reconstruída segundo o Barroco;
- Nesta altura as intervenções eram feitas sem qualquer ligação às preexistências.
- É actualmente o resto de uma grande igreja com 3 naves. Só sobreviveu até agora porque no séc. XVIII foi construída uma nova igreja agarrada à cabeceira antiga (do séc. XIII);
- Feito em tijolo de pequena espessura, materialidade única aplicada em Portugal, leva-nos a pensar que poderá ter havido edifícios em Portugal não conhecidos;
- Edifício completamente abobadado, com uso de arcadas cegas, tem poucas aberturas.
Arquitectura civil - Edifício Domus de Brangança
- Único edifício não religioso ou militar do Românico, feito na época Gótica- Único no mundo, uma vez que foi feito numa época gótica, mas dentro do espírito do românico. Todos os edifícios desta época já eram góticos. Para a época em que foi feito era suposto já ser Gótico;
- Pertence a um tipo de construções habituais na Europa, no séc. XIV, época Gótica;
- Edifício de dois andares, sendo o inferior um enorme reservatório de água, e o superior um espaço de reunião, onde se reuniam os elementos do poder camarário para debater problemas da cidade. Pensamento económico, era um edifício com dupla funcionalidade, sendo obrigação da câmara abastecer a cidade de água;
- Cobertura em madeira com asnas e travejamento em cima que assentam num líntel suportado por cachorros;
- Base pentagonal;
- Acesso ao edifício feito através de escadas.
Fontes:
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