As pesquisas dos fenómenos ópticos de Al-Hazen e a "máquina escura" de Giovanni Battista dela Porta (1542-1597), deram o impulso para a invenção da fotografia. A "máquina escura" permitia observar uma imagem real que era reflectida sobre uma superficie.
Estes avanços caminham para o fenómeno químico da fixação da imagem sobre uma placa sensibilizada nascendo deste modo os primórdios da fotografia.
Após de muitas experiências para obter uma eficiente fixação da fotografia ao longo do século XVIII foi Nicéphore Nièpce (1765-1833), que com persistência conseguiu obter as primeiras imagens fotográficas de forma permanente por volta de 1816-1828.
Nièpce como método utilizou uma chapa de cobre revestida com "betume da da judeia", substância com a capacidade de escurecer e estabilizar quando exposta à luz. Com esta metodologia obteve-se o vulgarmente apelidado de negativo, era uma imagem cujas áreas de luz e sombra eram o reflexo oposto da realidade.
Outra peronalidade de relevo no progresso da fotografia é Louis Daguerre (1789-1851) inventor do Daguerreótipo, um processo que permitia obter a imagem positiva, factor que impulsionou a fotografia, apesar deste processo não permitir a reprodução das respectivas impressões.
William Fox Talbot (1800-1877), criador de um processo desenvolvido a partir de um papel coberto com sais de prata, que permitiam escurecer na presença de luz produzindo uma imagem negativa a partir da qual seriam reproduzidas as positivas.
Com esta evolução, a pintura e a fotografia caminhavam lado a lado na representação da realidade.
A descoberta da fotografia foi o momento que contribuiu para acabar de vez com todas as concepções académicas na pintura, obrigando a redefinir as técnicas de representação da realidade.
Fonte:
História da Arte, 12º, Paulo Simões Nunes
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